O índio-gigante é composto na sua genética basicamente pela raça combatente malaia. Daí a sua estatura alta e a crista batida (de bola) em sua maioria. Originalmente, a ave tem crescimento lento, apesar do tamanho que atinge. A musculatura deve se desenvolver juntamente com a estrutura óssea, para que a ave possa se movimentar com desenvoltura. Como não há certeza de que se trata de uma fase sem consequências ou se existe alguma decorrência da fraqueza, a recomendação é reavaliar o fator protéico da ração oferecida e incluir uma suplementação de vitaminas A e D. As rações comerciais visam a uma conversão alimentar relativamente rápida, sem levar em conta as particularidades de outras raças não destinadas ao abate com 45 dias. Em um mês e meio de vida, o índio-gigante nem começou a se desenvolver e, para isso, terá outras necessidades nutritivas nem sempre encontradas apenas nas rações comerciais.
Galo índio gigante
Utilizada como matriz reprodutora ou ornamental, a ave é a “prima” do galo de briga que dá lucro
A rinha de galos é uma atividade ilícita, proibida por lei. No entanto, a criação de aves combatentes pode ter finalidades nobres, muito distantes da contravenção. Grandes e robustas, elas também são excelentes na transmissão de genes aos descendentes. O galo índio gigante – uma variedade rústica como as aves caipiras surgiu justamente do cruzamento de raças combatentes com galinhas domésticas.
Ótimo reprodutor de frangos precoces e com alto rendimento de carne, o índio gigante também confere às suas galinhas mais produtividade em ovos ricos em proteínas. A beleza das penas sobrepostas e a variedade de cores são outras características atraentes, que destacam a ave como exemplar ornamental ou na participação de concursos.
Criado à base de boa alimentação, o galo pode chegar a pesar seis quilos e medir 80 centímetros – há exemplares que crescem até cerca de um metro de altura. Forte e dono de boa musculatura, ele tem instinto agressivo, por isso não deve ser criado junto com outro macho da raça após os seis meses de vida. Nos tratos diários, no entanto, é dócil e fácil de lidar.
A criação do índio gigante não requer muita infra-estrutura. Numa área de cinco metros quadrados, prevendo a procriação das aves, pode ser alojado um terno – um macho para duas fêmeas. Além disso, a variedade é resistente, exigindo poucos cuidados dos criadores, fazendo com que a atividade não necessite de grandes investimentos. A criação doméstica tem a vantagem de oferecer aves mais saudáveis, livres de antibióticos. A produção de pequenos plantéis pode atender à demanda da vizinhança.
A ave, porém, permite que se trabalhe com maior escala de produção, bastando ampliar as instalações lembrando de manter separados os machos adultos.
Raio X
CRIAÇÃO MÍNIMA: um terno (um galo e duas galinhas) INVESTIMENTO INICIAL: na faixa de 500 a mil reais CUSTO: preço da ave de 15 dias oscila entre 15 e 20 reais; de sete a dez meses, vai de 100 a 150 reais; e com 14 meses sai a 200 reais REPRODUÇÃO: entre 100 e 180 ovos por ano RETORNO: em 14 meses, as fêmeas da segunda geração estarão em postura e os machos prontos para serem matrizes ou ir para o consumo
Mãos à obra
A CRIAÇÃO doméstica tem a vantagem de oferecer aves mais saudáveis, livres de antibióticos INÍCIO – comece a pequena criação com pintinhos de 15 dias de vida, pois nessa fase são menos exigentes com calor e já foram vacinados. A compra de aves adultas é boa opção para quem quer acelerar a reprodução. Para não arriscar a ter problemas de consangüinidade, a regra é comprar aves sem parentesco até quatro gerações atrás. AMBIENTE – a espécie se adapta bem a lugares pequenos, desde que sejam limpos e com pouca incidência de ventos. As aves ficam bem instaladas em fundo de quintais, em sítios, chácaras e propriedades rurais. Utilize um galinheiro de cinco metros quadrados por dois metros de altura, com orientação leste-oeste. ESTRUTURA – a rusticidade do animal permite aproveitar sobras de madeiras, além de pregos e tela de arame para construir um galinheiro comum. Como é essencial proteção contra ventos fortes, levante duas paredes perpendiculares de alvenaria. As outras duas podem ser de tela e contar com cortinas. Use telhas de barro para cobertura e, como piso, cimento ou chão batido. Mas forre com maravalha, palha de arroz ou outros materiais que absorvam os dejetos das aves. POLEIROS – feitos de ripas, pedaços de madeira ou galhos de árvore, os poleiros são o local de descanso. Devem ser montados em níveis, distanciados por 60 centímetros, em base triangular de um metro de altura. Os ninhos podem ser improvisados com pneus ou balaios de palha. Se forem de madeira, as medidas são 30 centímetros quadrados e 20 centímetros de altura. Dentro, coloque palha ou capim seco. ALIMENTAÇÃO – a ração para o índio gigante é a mesma utilizada para outras criações de galinhas. Porém, para o pleno desenvolvimento das aves, o importante é assegurar o fornecimento de alimento com qualidade, que pode ser comprado em lojas de produtos agropecuários. Lembre-se que o milho é indispensável, e verduras (exceto a alface) são ótimas como complemento. REPRODUÇÃO – Entre sete e oito meses de vida, a ave atinge a maturidade sexual. As galinhas botam geralmente de 100 a 180 ovos por ano. Para os criadores iniciantes, recomenda-se a incubação de todos os ovos das primeiras posturas, para formar, com a segunda geração, um plantel de, pelo menos, 20 galinhas. O galo atinge o peso de quatro quilos em um ano, mas pode chegar até seis quilos. VACINAS – Logo que os pintinhos nascem, aplique a vacina contra a doença de marek. Simultaneamente, indica-se vacinação para prevenir a bouba aviária e a doença de newcastle. Repita a medicação em 20 dias. Para a newcastle, siga programação periódica, segundo veterinário.
Não tem como descobrir onde suas galinhas estão botando os ovos, principalmente se o espaço for aberto e grande. Porém tem como induzilas a botar os ovos onde você queira.
Passos
O primeiro passo será construir os ninhos.
Depois é só colocar um ovo em cada ninho. Esse ovo é conhecido na roça como "indês".
Ai suas galinhas, por serem seres superiores que são, entenderão seu desejo e passarão a botar seus ovos nos ninhos.
Dicas
Sempre deixe um ovo "indês", só pra que as galinhas não se esqueçam onde devem botar
Forre os ninhos com palha ou grama seca.
Mantenha sempre limpo os ninhos.
Não deixe de coletar os ovos com muita frequência, porque se eles estiverem "galados", não poderão ser comidos.
Várias galinhas colocam ovos no mesmo ninho. Então de quiser chocá-los, deverá observar a postura de cada ave a fim de não misturá-los, se não for a sua intenção.
Entre no "movimento urbano a favor das galinhas" e crie o seu próprio galinheiro no quintal. Galinhas são engraçadas e úteis de se ter. Custa pouco criá-las, e elas se pagam botando ovos para você. A seguir, uma breve introdução sobre como criar galinhas dentro de um perímetro urbano.
Passos
1. Pesquise quais tipos de galinhas irá criar antes de comprá-las! Procure no Google por informações sobre as diferentes espécies de galinhas.
2. Procure visitar outras pessoas que criam galinhas no quintal e veja como elas o fazem. Peça conselhos e recomendações. Se você for a única pessoa no bairro que cria galinhas, vá a uma fazenda ou granja e veja como eles criam as galinhas lá.
3. Construa um galinheiro com materiais resistentes.
O galinheiro é o local onde as galinhas irão passar a noite, botar ovos e se abrigar da chuva. Existem diferentes tipos de galinheiros. Se for habilidoso, você pode procurar na internet o projeto de como fazer um, ou fazer um você mesmo. Existem diversos tipos de galinheiros, feitos com itens que vão de pneus a capôs velhos de caminhão. O ideal é criar um galinheiro que seja seguro para que as galinhas vivam e botem ovos.
Deve ser bem arejado, com espaço suficiente para as galinhas se empoleirarem.
Faça algo que sirva para o ano todo. Elas vão precisar de sombra no verão e proteção contra o frio no inverno. Se você vive em locais frios, talvez seja melhor comprar uma lâmpada aquecedora ou escolher uma raça resistente.
Proteja o galinheiro contra ratos, enterrando pelo menos 15cm da tela no chão. Assim, quando eles tentarem cavar por baixo da tela para entrar no galinheiro, vão se deparar com o arame. Os predadores são muito pacientes e vão ter a noite toda para invadir a área e jantar um franguinho. Além disso, as galinhas têm sono pesado.
Procure por coisas perigosas no seu galinheiro, como arames farpados e pregos. Galinhas são curiosas, e sai mais barato prevenir acidentes do que comprar outra galinha.
Faça os ninhos em locais onde as galinhas possam ficar confortáveis e botar seus ovos. Ponha um pouco de palha para ajudar a acolher os ovos. 4. Dê às galinhas espaço para andar. Se você tiver um quintal cercado, deixe-as andar livremente durante o dia. Se você lhes der um bom espaço protegido do clima e acima do chão, elas normalmente não vão muito longe. As galinhas preferem não ir onde não possam ver o galinheiro. Se não puder deixá-las soltas, tente dar mais espaço no galinheiro ou fazer um corredor com lona. 5. Compre ração para as galinhas antes delas chegarem. Lojas de artigos agrícolas sempre têm ração de galinhas, e você pode combinar a ração com milho triturado. Coloque a ração em um comedouro coberto e reponha frequentemente, para que não estrague. Galinhas adoram restos de comida. Elas também comem ervas daninhas e insetos, ajudando a controlar as pragas (caso tenha uma horta). Evite dar qualquer coisa que contenha alho ou cebola, pois isto muda o gosto dos ovos e da carne. Chocolate é tóxico para aves; você nunca deve dar às galinhas. Evite dar alimentos contaminados por pesticidas ou outros materiais químicos. Lave os vegetais antes. Limpe os restos de comida depois delas terem comido, para evitar que apodreça.
6. Compre as galinhas. Existem diversas maneiras de fazer isto. Você pode ir a uma fazenda que crie galinhas ou comprar em lojas de materiais agrícolas. Procure nos classificados pela seção de animais. Outras opções podem incluir comprar as galinhas na internet. Você pode comprar os pintos, ou até mesmo comprar ovos férteis e chocá-los em casa. Isto pode ser uma experiência muito empolgante, especialmente para as crianças. 7. Mantenha tudo limpo. Uma vez a cada semana ou duas, limpe e lave o galinheiro e escove os comedouros. Se elas estiverem botando ovos, limpe os ninhos, especialmente se algum ovo tiver quebrado. Manter tudo limpo vai evitar problemas com os vizinhos. 8. Vigie as galinhas. Verifique a água e a comida todos os dias. Observe e tente ver mudanças no comportamento que possam alertá-lo sobre mudanças que devem ser feitas:
Elas estão comendo e bebendo normalmente? Deixe sempre comida e água limpa à disposição.
Elas estão se amontoando em um canto específico? Talvez esteja muito frio para elas ou haja uma corrente de ar.
Elas estão com a respiração pesada? Veja se a sombra é suficiente, para que todas tenham um espaço para se refrescarem.
Elas estão perdendo penas? Pode ser porque elas estão se bicando. Se uma das galinhas estiver sangrando, separe-a, pois as outras vão continuar bicando a ferida.
Estão todas ali? Conte suas galinhas todos os dias, especialmente se tiver mais de dez.
Estão ativas? Tente reparar em galinhas letárgicas, mancas ou com comportamento estranho.
Dicas
Procure um veterinário antes de precisar. Você não quer sair correndo por aí às duas da manhã de um domingo procurando alguém para cuidar das galinhas!
Procure uma "babá de galinhas" se planejar ficar fora de casa por mais de um dia. As galinhas precisam de cuidados pelo menos duas vezes ao dia (para soltá-las do galinheiro e colocar de volta, verificar a comida e água, etc.). Se você não estiver por perto para fazer isto, consiga alguém que o faça.
Compre um livro sobre criação de galinhas para referência.
Avise os seus vizinhos sobre o que você está fazendo. Eles vão ficar bem menos estressados se encontrarem uma galinha vagando pela rua e vão saber a quem devolver o animal.
Compartilhe os seus ovos com os vizinhos! Além de melhorar a sua relação com eles, você provavelmente vai obter mais ovos do que pode usar.
Avisos
Procure na internet quais plantas podem ser tóxicas e se você tem alguma no quintal. Galinhas adoram comer plantas, e o seu jardim está no "menu"! Nunca use pesticida na horta se estiver criando galinhas, e nunca use veneno em grãos. Galinhas ciscam e reviram a terra; por isso, cerque bem qualquer lugar que não deseje que elas visitem.
Galos são barulhentos! Eles adoram cantar de manhã, à noite, de madrugada e sempre que querem. Tome cuidado se os seus vizinhos ficarem incomodados. Galinhas são mais quietas, mas costumam cacarejar alto de vez em quando.
Galinhas podem carregar doenças como qualquer outro animal. Por isso, se você tiver crianças, vigie o contato entre elas e as galinhas. Faça com que lavem as mãos sempre após pegar nas galinhas, e não deixe que as beijem. Procure informações sobre a saúde das galinhas, incluindo doenças e parasitas que podem ser carregados por aves selvagens.
Pense no que fazer com as aves indesejadas. Se estiver chocando os ovos, metade deles deverão ser galos. Eles não podem ser mantidos juntos, pois irão brigar e machucar as galinhas. Se sua razão para criar galinhas for os ovos, lembre-se que galinhas vivem de oito a dez anos, mas só botam ovos (um a cada dia e meio) por dois ou três anos. Não é fácil encontrar onde deixar galinhas velhas, e sua única opção talvez seja mandá-las para a panela.
As galinhas caipiras têm mais valor no mercado brasileiro do que as raças industriais
No mercado brasileiro, existe uma grande demanda por galinhas e ovos caipiras. A condição básica de uma galinha caipira, tanto para a produção de corte como de ovos, é que a ave se adapte à criação em piso e apresente pele amarela e plumagem colorida. O sabor da carne deve ser mais natural, apresentar textura mais firme e proporcionar uma mastigação mais lenta e saborosa. Além disso, a cor da pele dos frangos e da gema dos ovos deve ser bem pigmentada.
Para se trabalhar com galinha caipira, pode-se optar por dois tipos básicos de produção: carne e ovos. Mas, também é possível comercializar pintos de um dia, frangas em início de postura e até uma combinação dessas alternativas. O importante é que a ave se adapte bem às condições da região na qual será criada e haja mercado para escoar a produção.
Nos programas de extensão rural que visam o melhoramento do plantel de aves é muito comum se utilizar as raças americanas no cruzamento com aves existentes nas propriedades rurais ou granjas.
As raças mais indicadas para o sistema caipira de criação são as aves de raças puras, que são as americanas e as de linhagens caipiras melhoradas. Mas pode-se utilizar também aves de linhagem industrial, porém, é bom lembrar que a galinha de linhagem industrial de pele e plumagem branca não tem bom
mercado.
O legítimo frango caipira brasileiro Paraiso Pedrês apresenta qualidade e rusticidade
superior às outras linhagens, contudo, ao adquirir os pintinhos é preciso respeitar uma
rotina de trato que assegure seu crescimento rápido e saudável. Uma primeira
recomendação é evitar o estresse das aves e adaptar a estrutura do criatório a cada etapa
de seu desenvolvimento. Quando os pintinhos chegam devem descansar, terem ração à
vontade e água limpa, se possível enriquecida com algumas vitaminas anti-estresse. Nos
primeiros dias, o principal inimigo da criação, capaz de exterminá-la, é a falta ou o excesso
de calor. As aves ainda não desenvolveram a capacidade de controlar a temperatura do
corpo, por isso ficam inteiramente sujeitas às variações externas.
Eis algumas dicas dos especialistas para essa primeira etapa da criação:
Um pintinho nasce com 39,8 graus. Cabe ao criador atenuar as diferenças entre as
temperaturas do corpo e a do meio ambiente. Essa mediação se faz com campânulas, com
lâmpada de 200 watts, indicadas para lotes de 30 a 500 pintinhos.
Tome como referência a fonte de calor e calcule no chão um raio de 1,20 metros para
erguer um círculo de retenção das aves. Ele pode ser feito com folha de compensado ou
bambu.
O comportamento da ninhada dirá se a temperatura dentro do círculo está ou não
adequada. Pintinhos amontoados junto à lâmpada e piando indica calor insuficiente. Ao
contrário, se permanecem distantes da campânula, mas piando, há excesso. Bom sinal é vê-
los regularmente distribuído, em silêncio, alimentando-se normalmente.
Por volta do décimo quarto dia, a penugem cai e surgem as penas que constituem
um bom isolante térmico. O círculo de proteção não é mais necessário. Dependendo da
época do ano, a campânula também poderá ser desativada, primeiro de dia depois à noite.
No verão aumentar a área dos pintos a cada dois dias até as aves estar ocupando
todo o galpão. No inverno proceder da mesma maneira atrasando de um dia cada aumento
de área.
A partir do momento da chegada dos pintos, manter atualizados os registros sobre
mortalidade, consumo de ração, vacinações, medicamentos administrados etc.
PRODUÇÃO
A produção poderá ser mensal, quinzenal ou semanal. Na produção mensal poderão
ser utilizados 3 galpões e se chegará a um total de 14,7 a 17,1 lotes anuais. Já na produção
quinzenal serão necessários pelo menos 5 galpões atingindo um total de 24,5 a 28,5 lotes
por ano enquanto que na produção mais intensiva, ou seja, aquela semanal serão
necessários 10 galpões comum, total de 49 a 57 lotes por ano. O local deve ser de fácil
acesso na entrada e saída de pintos, ração, cama, gás etc. Quanto à água ela deve ser de
boa qualidade e em abundância. Os galpões devem ser construídos no sentido leste-oeste,
com a finalidade de evitar a incidência de sol diretamente sobre as aves.
ESCALONAMENTO DE PRODUÇÃO
O controle da produção essencial para a organização da atividade. Para um galpão
pode-se obter os seguintes resultados, segue exemplo:
Período de criação: 80 dias
Limpeza e descanso: 25 dias
Total: 105 dias
1 ano = 365:105 dias = 3,5 lotes
1 lote todo mês = 12 lotes/ano
3
12 : 3,5 lotes/ano = 3,42 galpões
Portanto: se obtém 3,5 lotes por galpão. Para obter 1 lote por mês são necessários
4,0 galpões. O tamanho dos lotes é definido pela área dos galpões.
Pode-se aumentar o número de criações por galpão usando-se o pinteiro durante os
primeiros 28 dias de idade do pinto e depois transferindo-os para o galpão com piquete para
o final da engorda.
MANEJO SANITÁRIO
A higiene dentro e fora do galpão, independente do seu tamanho é importantíssima, pois
evita diversos problemas sanitários na criação.
Os principais procedimentos de manejo sanitários são:
Manter os galpões sempre limpos e desinfetados após cada criada
Fazer o vazio sanitário de pelo menos 15 dias após a desinfecção do galpão.
Aplicar corretamente as vacinas e medicamentos necessários.
Evitar o trânsito de pessoas e animais ao redor do galpão.
Não guardar restos da cama do lote anterior no galpão onde se está alojando novo lote.
Ter pedilúvios e rodolúvios em todas as saídas das instalações.
Recolher todas as aves mortas diariamente e depositá-las em fossas, obedecendo, uma
distância mínima de 150 metros da granja.
Fazer o controle de insetos e roedores principalmente entre os lotes.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
A limpeza e desinfecção não devem ser tratadas como simples preocupações
estéticas, mas como medidas profiláticas de suma importância para a criação.
Como proceder:
Retirar toda a cama antiga.
Varrer o galpão todo.
Passar lança chamas em todo o chão e ao redor do galpão.
Lavar o galpão com água e sabão.
Pulverizar desinfetante (pode ser formol 5 % ou 8 %).
Fazer uma caiação (8 sacas de cal/200 litros de água) se necessário.
Espalhar a cama nova.
Desinfetar todo o equipamento.
Recolher entulhos ao redor do galpão.
Lavar a caixa d’água e encanamentos do galpão.
Manter os equipamentos em perfeito estado.
Colocar veneno de rato e inseticida (dentro do galpão) e retirá-los antes da entrada dos
pintos.
GALPÕES
Uma das inúmeras diferenças do frango caipira brasileiro para o frango de corte
tradicional é que pode ser criado solto, confinado ou mesmo semi-confinado, dependendo do
interesse do criador.
Partindo deste conceito, o galpão pode ser novo ou mesmo aproveitamento de uma
antiga instalação da propriedade. Todo local coberto e cercado torna-se um galpão em
potencial, dependendo apenas da quantidade que se deseja criar e a que fim se destinará. É
necessário apenas adequá-los às exigências básicas para a criação.
Como não requer tanta tecnologia de construção quanto o galpão de frango de corte
tradicional, é mais fácil construí-lo.
Uma boa recomendação que deve ser seguida na construção do galpão é orientar a
sua cunheira no sentido leste/oeste, desta maneira haverá menor incidência de sol no
interior do galpão no calor e mais insolação nos períodos de frio durante o ano.
Os galpões podem ser construídos sem muita tecnlogia ou até mesmo aproveitando
material já existente na propriedade, mesclando-se a rusticidade das instalações à
tecnologia avançada, como campânulas, bebedouros e comedouros automáticos. Une-se
assim o útil ao baixo custo de construção.
Uma precaução especial é não construí-los e em locais de difícil acesso, distante das
fontes de alimentação ou mesmo longe da observação dos responsáveis.
SISTEMAS DE CRIAÇÃO
Sistema confinado: No sistema confinado as aves são criadas em galpões por todo o seu
ciclo de produção.
Os galpões tem paredes baixas, medindo de 30 a 50 cm de altura com telas e
cortinas plásticas para um maior controle de chuvas e vento.
A lotação ideal de cada galpão varia conforme a construção e o clima, normalmente
trabalha-se com 9 a 12 aves/m².
O comprimento destes galpões é variável, mas a largura não deve ultrapassar os 12
metros para uma melhor aeração.
Ciclo de produção médio .................................70-90 dias
Limpeza, desinfecção e descanso ..........................14 dias
Período gasto para criação de um lote ..............63-74 dias
Portanto cada galpão poderá ser utilizado para criação de 4 a 5 lotes/ano.
Sistema semi-confinado: Neste sistema as aves são criadas até 2 ou 3 semanas de vida
em galpões fechados protegidos de predadores, ventos, frio e chuva, após este período as
aves têm acesso a piquetes com área de 3 a 5 m² por ave.
Nestes piquetes as aves adquirem o hábito de ciscar, comer sementes de capim,
insetos e ainda qualquer alimentação alternativa.
Lembramos que as aves sempre deverão dormir em galpão coberto podendo contar
com poleiros ou piso ripado suspenso, maravalha ou palha de arroz no chão.
O galpão além de ser fonte de água e comida das aves durante o dia, passa a ser
durante a noite o refúgio contra predadores.
CORTINAS
As cortinas são tão importantes quanto os outros equipamentos do aviário, tendo a
função de proteger e aquecer as aves.
Na criação de frango caipira, as cortinas podem ser feitas de sacos de ração
reaproveitados, bambu, sapé, madeira e ráfia, desde que sejam seguros e permitam a
passagem de luz solar para o interior do aviário.
O manejo das cortinas é muito importante, pois através delas a umidade e a
temperatura interna do galpão são controladas.
Nos primeiros 10 a 15 dias da ave recomenda-se que fiquem levantadas e nas idades
menos criticas, depois que as aves estão empenadas deve-se manter as cortinas abaixadas,
levantando as somente em horários frios, durante chuvas ou ventos mais fortes.
Se o aviário estiver com um forte cheiro de amônia ou abafado, principalmente no período
da manhã, deve-se abaixá-las de preferência do lado contrário à corrente de vento.
PIQUETES
Os piquetes já foram muito utilizados no começo da avicultura comercial no Brasil.
Existe registros na literatura que em 1937 já se faziam piquetes para a criação de aves
comerciais, tanto de corte como de postura.
No sistema de criação do Frango Caipira procura-se resgatar esta técnica com grande
sucesso.
Cercados com telas de arame, bambu, madeira, alvenaria ou mesmo pré-fabricados,
as cercas devem ter aproximadamente 1,80m de altura, devendo ter um espaço para o
pasto. Não esquecer que árvores devem ser plantadas nos piquetes para obtenção de
sombra em abundância.
Uma torneira com água corrente também é necessária. Não pode existir possas d’água,
lixos, entulhos e dejetos de animais nos piquetes.
A formação dos piquetes tem o papel fundamental nesse estilo de criação, já que a
ave tem o hábito e a necessidade de pastar. A ave precisa de espaço para andar e
desenvolver sua musculatura.
Levando-se em conta a qualidade do solo, pode-se optar pelo plantio de um único
tipo de grama ou da conservação de duas ou mais espécies.
Para evitar predadores de solo, aconselha-se colocar sacos amarrados na tela em
volta do galpão para evitar o contato visual.
PASTO
O pasto é um ponto forte na criação do frango caipira, pois esta ave tem o habito de
pastar.
A gramínea plantada deve ser com altos teores de proteína, boa digestibilidade,
crescimento rápido, grande taxa de redobra, já que os brotos fornecidos as aves devem ser
novos e tenros. As folhas velhas e fibrosas são de baixa qualidade, determinando uma
recusa natural da ave.
Os capins e gramas mais usados para piquetes são os mais protéicos, como o Capim
Quicuiu, o Capim Napier, o Capim Coast-Cross, o Capim Tiffiton, a Grama Estrela Africana e
outros, que tenham o sistema radicular baixo, pois assim voltam a crescer rapidamente com
as chuvas ou irrigações.
Recomenda-se alojar 1 ave entre 1 a 5 m2, desta forma o piquete resistira o pisoteio
das mesmas até a retirada do lote.
O plantio só terá sucesso se encontrar um solo preparado.
EQUIPAMENTOS
Em qualquer atividade avícola, por mais rústica que seja, os equipamentos são
fundamentais. Os equipamentos listados abaixo devem fazer parte de uma granja, mesmo
sendo de frango caipira.
Necessita-se, portanto de:
- Cortinas
- Círculos de proteção
- Comedouros infantis
- Ventiladores
- Termômetros
- Campânulas
- Comedouros
- Bebedouros
- Nebulizadores
COMEDOUROS
O frango caipira, ao contrário do frango tradicional, necessita depois de 30 dias de
dois tipos de comedouros: um para ração comercial e outro para ração alternativa.
O processo de alimentação desta ave, nos primeiros 10 dias segue o tradicional.
Usam-se bandejas ou comedouros tubulares infantis que são gradativamente substituídos
por comedouros adultos.
O espaçamento é muito importante. No caso de comedouros tubulares, devemos
trabalhar com 1/80 quando pintainhos e 1/40 quando adultos ou conforme recomendação
do fabricante.
Nos comedouros tipo calha deve-se dar um espaço de 2,5 cm/ave quando pintainho
e aumentar para 8 cm/ave quando adulta.Os comedouros tipos calha podem ser de
fabricação caseira com materiais reaproveitáveis existentes na propriedade, como canos de
PVC cortados ao meio, caixas de madeira e até mesmo bambu, de preferência com 1 metro
de comprimento.
Quando são usados comedouros tubulares comerciais ou mesmo de fabricação
caseira, é desejável que a borda do prato esteja nivelada na altura do dorso da ave,
acompanhando seu crescimento regulamos a sua altura, evitando assim desperdício de
ração. Essa regulagem deve ser feita a cada 7 ou 10 dias.
Recomenda-se que a ração alternativa seja servida em comedouros tipo caixa ou calha, ao
menos duas vezes ao dia, desta forma as aves se mantêm sempre ativas.
O avicultor não deve deixar restos de ração alternativa de um dia para o outro.
Mesmo com toda a rusticidade que lhe é peculiar, o frango caipira brasileiro sofre muito com
fungos e bactérias, que se desenvolvem em rações com umidade.
De maneira geral a ração, tanto alternativa como comercial, deve ocupar entre 1/3 e
metade da altura da borda do prato, evitando assim desperdício de ração.
COMEDOURO INFANTIL
Recomendamos o uso de comedouros infantis tubulares, propiciam um menor
desperdício e evita que o pintinho se alimente no chão, onde outras aves estão defecando.
Uma opção ao criador é o comedouro tipo bandeja que é usado somente nos primeiros dias
do pintainho, na proporção de 01 bandeja para cada 80 pintainhos. Com 10 a 12 dias de
idade, são substituídos por comedouros tubulares e/ou calha, como o avicultor desejar.
Estas bandejas podem ser de:
Madeira.
Alumínio.
Lata.
Plástica.
Papelão (fundo de caixa de pintainhos).
As rações dessas bandejas devem ser peneiradas pelo menos 2 vezes ao dia.
BEBEDOUROS
Nos primeiros 10 dias são usados os bebedouros tipo copo de pressão, na medida de
1/60 ou conforme recomendação do fabricante. .Se o bebedouro for pendular automático,
com capacidade de 3 litros, usa-se 1/80 na fase inicial e 1/50 na fase adulta ou conforme
recomendação do fabricante, e 4 cm / ave na calha ou bebedouro. Da mesma forma que os
comedouros, também os bebedouros podem ser fabricados na propriedade com canos de
PVC, calhas usadas e bambus.
Os bebedouros não devem ter vazamentos para não molhar a cama ou produzir
poças d’ água nos piquetes.
Devem ser regulados a cada 10 dias, devendo ficar a uma altura de 5 cm acima do
dorso das aves, evitando - se assim assim problemas com a cama molhada.
Água limpa, fresca e pura deve existir em quantidade suficiente, pois a sua eventual
falta pode provocar perdas significativas por desidratação.
CÍRCULOS DE PROTEÇÃO
Como o próprio nome diz, o círculo tem como função básica proteger as aves quando
ainda pintainhos, de correntes de ar, de frio, de predadores e ainda delimitar a área mais
próxima possível da fonte de aquecimento e dos comedouros e bebedouros servidos a estas
aves.
Geralmente esses círculos são feitos de chapas de Eucatex ou Duratex por serem
mais viáveis economicamente, não se descarta a possibilidade de utilizar-se de chapas
galvanizadas ou mesmo de folhas de papelão grosso, que tem a vantagem de ser mais
higiênicos devido ao seu descarte após o uso.
A altura do circulo e bastante variável, indo de 30 até 70 cm .Devem ter uma
circunferência de aproximadamente 5 a 7 m , para o alojamento de 500 pintainhos.
No inverno, recomenda - se juntar dois círculos formando assim um único com 1000
pintainhos.
FONTE DE CALOR
Tanto o frango caipira como o frango tradicional, necessitam de campânulas usadas
com fonte de calor artificial. São encontradas no mercado com facilidade de tamanho e
capacidade diferentes. Geralmente usa-se campânula com capacidade de aquecimento de
500 pintos. As campânulas podem ser a gás, com resistência elétrica, luz infra-vermelha ou
até mesmo à lenha.
O seu uso pode variar de 1 a 15 dias, dependendo da temperatura ambiente.
Na primeira semana de vida do pintainho é indispensável, pois ele necessita de uma maior
quantidade de calor no início e vai diminuindo à medida que as aves crescem.
CAMA PARA O AVIÁRIO
A cama de um aviário é um importante fator que interfere nas condições sanitárias e
no bom desenvolvimento do lote. Mesmo sendo uma ave mais rústica, o frango caipira
brasileiro também necessita de cama de boa qualidade. O material usado quando espalhado
no galpão deve cobrir todo o seu piso, com o máximo de uniformidade, com a altura ideal
variando de acordo com a época do ano: 5 a 8 cm no verão e de 8 a 10 cm no inverno.
Uma cama de boa qualidade deve apresentar algumas propriedades indispensáveis:
Uma excelente capacidade de absorver a umidade, evitando o empastamento da mesma
dentro do círculo.
Baixa condutividade térmica (bom isolamento do piso).
Partículas de tamanho médio.
Liberação rápida de umidade.
Umidade por volta de 20 a 25%.
Livre de substâncias indesejáveis (fungos, toxinas, etc.)
Fácil Disponibilidade.
Baixo custo.
Podemos usar os seguintes materiais:
Maravalhas ou cepilho.
Sabugo de milho picado.
Capins secos.
Casca de arroz.
OBS: Se informe sobre a procedência da cama, se foi estocada em local seco e arejado, pois
podem conter esporos de fungos que irão se multiplicar com a umidade da cama.
A VÉSPERA DA CHEGADA DOS PINTINHOS
Na véspera da chegada dos pintainhos o criador deve certificar-se de que as
instalações, cortinas, sistemas elétricos, hidráulicos e materiais a serem usados como cama,
comedouros, bebedouros, círculos, campânulas e estoque de gás estejam em perfeitas
condições de funcionamento, limpeza e em número suficiente para a criação.
O galpão deve estar pronto para o recebimento das aves, com os círculos montados e todo o
equipamento revisado pelo menos 24 h antes da chegada dos pintainhos.
Para um lote de 500 pintainhos é necessário 1 campânula, 6 bebedouros e 6
comedouros tipo bandeja.
Na chegada dos pintinhos é importante mostrar-lhes os locais onde ele encontra
comida, água e também a fonte de calor. O procedimento mais comum é colocar o bico do
pintinho na água, depois na comida e finalmente colocá-lo em baixo da fonte de calor.
MANEJO
Existem diversas maneiras de criação de frango caipira. Tudo depende do nível tecnológico e
da condição de cada produtor.
Algumas condições básicas de criação são essenciais: tomar cuidado para que na chegada
das aves, o galpão esteja limpo, desinfetado, com os círculos montados e que os
comedouros e bebedouros estejam distribuídos e as campânulas pré aquecidas.
Recomenda-se sempre que a primeira água a ser consumida pelas aves tenha algum
hidratante, que pode ser comercial ou caseiro (de 200 a 300g de açúcar para 6 litros de
água).
Nos primeiros trinta dias, as aves podem ser alojadas em pinteiros ou criadas
diretamente nos galpões, de acordo com a possibilidade do avicultor.
Todo dia se faz uma vistoria no pinteiro ou galpão, observando se existem aves
mortas ou mesmo aleijadas que devem ser retiradas.
A partir da terceira semana, recomenda-se que as aves sejam liberadas pela manhã
para um passeio, visando o desenvolvimento da musculatura, à tarde devem ser recolhidas.
Já na segunda semana, pode-se permitir o acesso ao material verde picado, substuí-
se então os comedouros infantis pelos que ficarão até o final do lote.
Qualquer dúvida com relação ao estado geral do lote, deve ser esclarecida o mais rápido
possível, para detectar precocemente um eventual problema e evitar assim o prejuízo na
criação.
VENTILADORES
Em determinadas regiões o clima é muito quente. Nestes casos recomenda-se o uso
de ventiladores. Este equipamento é muito útil, ajudando a refrescar o ambiente interno do
galpão.
Utiliza-se 1 ventilador para cada 25 metros ou conforme a recomendação do
fabricante.
NEBULIZADORES
Muito utilizados em criações de frango de corte. Embora não sejam essenciais ao
frango Paraíso Pedrês, podem melhorar o desempenho do lote, reduzindo a mortalidade das
aves. Os nebulizadores devem ser utilizados conforme a recomendação do fabricante.
VACINAÇÃO E VERMIFUGAÇÃO
Normalmente o pequeno avicultor não se preocupa com os programas de vacinação e
vermifugação. Sendo assim, comete um erro gravíssimo, pois estes programas não
representam um custo elevado, se comparados aos prejuízos que um verme ou doença
podem causar ao lote.
O esquema de vacinação varia de região para região, recomenda-se que verifique o
esquema utilizado por uma granja de frangos comerciais perto da propriedade, pois esta
granja já conhece os desafios regionais. Pode-se consultar também a casa da lavoura do
município.
Exemplo de esquema de vacinação:
Caipira de corte:
IDADE+ TIPO DE VACINA VIA DE APLICAÇÃO
10 dias Newcastle B1 + Gumboro Água
14 dias Gumboro Plus Água
21 dias Gumboro Água
Caipira de postura:
IDADE+ TIPO DE VACINA VIA DE APLICAÇÃO
7 dias Newcastle HB1 + Bronquite 52 + Gumboro Ocular ou água
25 dias Bouba Forte Membrana da asa
35 dias Newcastle La Sota + Bronquite H52 + Gumboro Água
50 dias Coriza Hidróxido de Alumínio Injetável na coxa
70 dias Newcastle La Sota + Bronquite H52 + Gumboro Água
100 dias Encefalomielite Água
120 dias Coriza Oleosa Injetável no peito
135 dias Vacina Tríplice Oleosa + Newcastle + Bronquite +
EDS
Injetável no peito
OBS: Recomendamos que o programa de vacinação seja elaborado com base nas condições
e histórico sanitário da região.
Para vermes, os melhores resultados são obtidos com Mebendazole, fornecido em dosagem
única aos 35 dias de idade da ave.
No dia da vacinação, deve ser retirada a água de bebida duas horas antes do
fornecimento da vacina às aves. Se a água for clorada, a cloração deve ser interrompida por
no mínimo 24 horas.
Só fornecer água clorada novamente depois de 24 horas da vacinação. As
recomendações do fabricante das vacinas e medicamentos devem ser seguidas
rigorosamente.
A rotação de piquetes é necessária para quebrar o ciclo da verminose e coccidiose.
RAÇÃO
A alimentação na primeira fase de vida muda gradativamente. Nas primeiras 24
horas, limita-se a fubá espalhado sobre folhas de jornal, para evitar que a comida seja
confundida com a serragem do chão. No segundo dia, entra-se com ração de crescimento e
no terceiro ela já não é mais servida em jornal, mas em recipientes a 6 cm de altura.
Gradativamente os comedouros irão subindo até atingirem 15 cm, quando as aves já
estiverem em idade adulta. Um pintinho precisa de 100 gramas de ração na primeira
semana; 250 gramas na semana seguinte e 350 gramas na subseqüente.
A partir daí pode freqüentar o pasto e receber ração de engorda. Adulta, uma galinha
necessita entre 100 e 150 gramas por dia de comida.
RAÇÃO BALANCEADA
A ração representa 65 a 75% do custo de produção das aves, portanto deve-se ter
especial cuidados na sua aquisição e na manutenção de sua qualidade. Toda ave, mesmo
sendo rústica como a caipira, deve receber uma ração balanceada, pois é da boa qualidade
da alimentação que vai resultar uma ave sadia e com ótima conversão alimentar.
O programa alimentar recomendado é realizado com quatro tipos de ração. PRÉ-
INICIAL, de 01 a 13 dias; INCIAL, de 14 à 28 dias; ENGORDA, de 29 à 49 dias e a FINAL,
dos 50 dias até o final.
Até os 28 dias, enquanto a ave está formando a sua estrutura, é interessante a
utilização de ração balanceada, após este período ela pode ser dada ao final do dia como
complemento a alimentação alternativa, para disponibilizar todos os nutrientes necessários
para melhor aproveitamento desta alimentação alternativa.
ALIMENTAÇÃO ALTERNATIVA
O ponto mais forte de uma criação de frango caipira é justamente a fonte de
alimentação alternativa. Sem dispensar a ração comercial, os piquetes e os complementos
(verduras, frutas, legumes e capim picado) têm um importante papel no desenvolvimento
desta ave, fornecendo-lhe a fibra e xantofilas (corante natural) tão necessárias.
Entre os alimentos alternativos destacam-se:
Capim Quicuiu Confrei
Capim Coast Cross Rami
Capim Tiffiton Folhas de Batata Doce
Capim Estrela Africana Guandu
Assa Peixe Hortaliças e Leguminosas
Mandioca ou macaxeira (deve ser quebrada e colocada ao sol ou cozida para quebrar
as proteínas nocivas a alimentação), restos de verdura, frutas ou qualquer subproduto da
propriedade.
As folhagens (Rami, Guandu, Assa Peixe, Confrei, Folhas de Batata Doce, Hortaliças e
Leguminosas) podem ser servidas após a 2º semana de vida da ave, e os capins após 30
dias.
ILUMINAÇÃO
O frango caipira, por ser uma ave destinada ao abate com idade mais avançada
recomenda-se o fornecimento somente de luz natural, evitando-se assim o seu crescimento
muito acelerado e o aumento de mortalidade.
TEMPERATURA
A temperatura de um galpão é muito importante e seu controle permite obter
resultados compensadores. A temperatura de conforto para as aves varia entre 20 e 28º C.
A falta de calor traz problemas de desuniformidade do lote e o excesso desidrata.
Para evitar estes problemas recomenda-se que o avicultor tenha sempre à mão um
termômetro, controlando a temperatura ambiente constantemente.
O termômetro deve ficar na lateral interna do círculo de proteção à altura da ave.
Orientação para a criação de aves de postura caipira
É necessária a suplementação de cálcio, via ração ou calcário na fase de postura.
Deve-se tomar cuidado com o peso das aves, principalmente no período da recria ( de 4 a
18 semanas).
Um programa de iluminação acima de 10 lux é necessário para o desenvolvimento
sexual das aves, maior uniformidade e maior produção. De 27 a 30 wattspor m2, conseguese atingir um total de 10.7 lux. Segue a tabela de programação de luz:
De 0 a 8 semanas - Luz Natural.
De 9 a 16 semanas - 12 horas.
De 17 a 18 semanas - 14 horas.
De 19 a 75 semanas - 17 horas.
Luzes de 60 watts dispostas a 2 metros da entrada do galinheiro, com 4 metros de
distância uma das outras e 3 metros de altura.
Colocar o ninho a partir da 15ª ou 16ª semana. Deve ser forrado com maravalha. O
ideal é estar a 35 cm de altura do piso, com uma abertura de frente e fundo de 35 cm, ou
seja, 35 x 35 cm. É necessário também uma ripa de madeira de 5 cm na entrada do
ninho, para evitar o desperdício da maravalha.
Mantendo estes cuidados e não deixando a galinha engordar você obterá até 280
ovos pôr ano.
Em algumas regiões tem-se o hábito de debicar as aves, que deve ser feita com
debicado automático, aos 7 dias de idade. Depois deve ser ministrado um complexo
vitamínico com vitamina K, para melhor cicatrização. Porém antes verifique se a ave caipira